quinta-feira, fevereiro 21, 2002

Quem cabritos vende e cabras não tem...


Ultimamente, com a campanha eleitoral e a insistência dos candidatos sobre a necessidade de responder às exigências de Bruxelas para equilibrar as contas, de forma a que os gastos correspondam à riqueza produzida, lembrei-me do ditado quem cabritos vende e cabras não tem, de algures lhe vem. A sabedoria popular deveria tranquilizar a erudita sabedoria dos políticos: o povo entende bem o discurso da chapa ganha, chapa gasta. Mas... habituámo-nos a que o terreiro do paço distribua à tripa forra e abra os cordões à bolsa e são cada vez mais os que vivem às sopas do Estado. Isto é, o Zé Povinho tira sempre um provérbio do manguito. Ora, quanto ao dos cabritos, sabe o povo que os não há, sem cabras e cabrões. De maneira que... acautelem-se os políticos porque há muito anda o povo a perguntar onde vão os cabrões arranjar tantos cabritos...